terça-feira, 29 de maio de 2012

CULTO DE EDIFICAÇÃO CRISTÃ Nº 20 - 29/05/2012






UMA INTRODUÇÃO ÀS DOUTRINAS BÁSICAS DA FÉ CRISTÃ




FAMÍLIA NO PRINCÍPIO DA CRIAÇÃO E NOS DIAS ATUAIS





Mateus 19.1-11





2.2.   Esposa


1.   Apoiadora


   Os maridos necessitam ser respeitados e honrados (Ef 5.22-24). Deus deu ao homem o desejo de conquistar. Quando a esposa o apoia, ele sente-se mais disposto a enfrentar desafios. A crítica destrutiva o impede de agir com ousadia. Fica mais fácil para o marido aceitar a sua "masculinidade", quando a esposa entende e aceita a sua "feminilidade". E isto não se aplica apenas à senxualidade, mas em todas as outras áreas. Ao respeitar a autoridade que Deus deu ao seu esposo, a esposa deve: a. Apoiá-lo nas decisões; b. Não tomar partido com os filhos contra ele. A esposa precisa dizer: “- O que você fez foi muito bom”, “- Belo trabalho”.


2.   Submissa


   A mulher não deve pensar que a sua conversão a Cristo isenta-a do dever de submissão ao marido, pelo fato deste não ser crente. A submissão, a bondade, o amor e o respeito, são deveres cristãos da mulher para com o seu esposo, seja ele crente ou não (1 Pe 3.1,2). A submissão ao marido, particularmente da mulher cristã, não deve ser por temor ou força, mas de boa vontade em obediência ao preceito divino.


3.   Auxiliadora


      A palavra hebraica para “auxiliadora” é “circundar” (Pv 31.10-12). Ser auxiliadora não é ter um papel secundário, mas vital, no lar.


4.   Companheira


   A esposa deve ser companheira do esposo. Seu primeiro ministério deve visar seu esposo (Gn 3.12). Por isso: a. Não deve negligenciá-lo; b. Deve assegurar-se de que sabe qual é a vontade de Deus antes de assumir qualquer outro ministério; c. Deve submeter-se aos seus desejos físicos e emoções ao controle do Espírito Santo (1 Co 7.3-5); d. Deve honrá-lo e respeitá-lo.


5.   Talentosa


Cada mulher tem talentos e dons singulares. Não se compare (a mulher) com outras mulheres, mas permita que Deus desenvolva aquilo que lhe é singular. Você reflete um aspecto específico da personalidade de Deus e o ministério que flui de você refletirá isto também. Seus dons e talentos devem completar os de seu marido e os do seu marido os seus.


6.   Virtuosa


   A administração santa e habilidosa aumentará e multiplicará aquilo que o marido providenciou. Toda esposa deve procurar servir a Deus, a sua família e ao próximo, conforme os talentos e recursos materiais que Deus lhe deu (Pv 31.13-27). Seguindo a orientação do Espírito Santo, deve investir sabiamente aquilo que foi economizado para produzir mais ainda. Para conhecer o plano de Deus, é necessário separar tempo, diariamente, para a leitura das Escrituras Sagradas e para oração. A prosperidade vem através da busca da face do Senhor e do conhecimento dEle.


7.   Intercessora


   A intercessão da esposa pelo seu marido e pela família lhe dará a certeza de que a mão de Deus está operando em suas vidas (Ef 6.18). A esposa é a principal intercessora diante de Deus pelo seu marido. Deve exercer autoridade sobre o inimigo, em nome de Jesus, e estar alerta aos ataques do inimigo. Deve pedir ao Espírito Santo que desenvolva o discernimento de espíritos e que lhe revista de sabedoria. Deve extrair força da palavra, pois as palavras carregam o poder de vida e morte. Use as palavras para alimentar e nunca para destruir (Pv 18.21,22).


2.3.   Filhos (Sl 127.3; Ef 6.4).


1.   Espiritualidade:


Martin N. Dreher afirma que a “espiritualidade brota da conversa com Deus, do diálogo com outras pessoas que estão nesta busca, e da observação da espiritualidade alheia”.[1] Russel Shedd define espiritualidade como “a busca e a própria experiência da comunhão com Deus. Inclui a expressão dessa convivência a partir de práticas que agradam ao Criador”.[2] E Joel S. Goldsmith diz que “ninguém estará totalmente completo enquanto não se sentir à vontade em Deus”.[3]


         2.   Ter um conceito verdadeiro de Deus:



Desde a mais tenra idade, a criança deve saber que a Bíblia é a Palavra de Deus; e nela Deus Se deu a conhecer ao ser humano a fim de direcioná-lo ao objetivo central a que foi criado: conhecê-Lo, amá-Lo e adorá-Lo (Is 43.7; Sl 22.22; 149.6).[4] O Deus das Escrituras é um Ser pessoal. O apóstolo Tiago escreve: “chegai-vos a Deus e ele se chegará a vós outros” (Tg 4.8a). Davi diz: “perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade” (Sl 145.18).


3.   Compreender a natureza do mal:



Deus não é o autor do pecado, nem direta nem indiretamente. Muito antes de o ser humano ser formado do pó da terra, o pecado já existia através da rebelião de Satanás (Ez 28.11-19). O fato de Deus saber, por Sua onisciência, que o pecado entraria no mundo, não O faz responsável pela origem do pecado. Verdadeiramente, Deus abomina e odeia o pecado e o mal (Dt 25.16; Sl 5.4-6). O pecado é uma ofensa direta contra Deus (Sl 51.4). A maior prova de que Deus odeia o mal reside no fato de providenciar Cristo para libertar o ser humano do pecado  (Rm 6.23).


4.   Conhecer e receber o plano de salvação de Deus:



Tanto o Deus Pai, quanto o Deus Filho e o Deus Espírito Santo, estão envolvidos no processo salvífico do ser humano (Jo 3.16). O primeiro campo fértil para o anúncio do Evangelho é o nosso lar, a nossa família. Bem no início da vida, a “casa” - alma da criança - ainda não foi manchada nem danificada. É nesse campo que Jesus deve ser introduzido, antes que as obras da carne - prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídio, bebedice e glutonarias (Gl 5.19-21) - encontrem um terreno fértil em sua vida (Ml 2.15).


5.   Aprender a fazer uso dos meios da graça:



É importante lembrarmos que o chamado para apropriação da salvação é mediante a graça, e que somente a graça de Deus no coração de cada ser humano pode mudar a vida permanentemente em qualquer época e em qualquer idade (Ef 2.8).


No processo salvífico, existem termos que são de difícil compreensão à criança, como “amor de Deus”, “graça”, “justificação”, “fé”, “arrependimento”, “regeneração” e “perdão”. “As crianças raciocinam mal, mas sentem bem”,[5] disse Dostoievsky. Por isso, se convertem facilmente quando seu sentimento é tocado pelo incomparável amor do Senhor Jesus Cristo.


6.   Conhecer o seu próprio valor aos olhos de Deus:



O ser humano é distinguido como uma nova ordem na criação e aferido como coroa de todos os seres criados. A ele é entregue o domínio sobre a vida selvática, doméstica, vegetal, etc. (Gn 1.26; Sl 8.4-5).


A criança forma a imagem de si mesma através das imagens que a ela forem projetadas; se valorizada, ela terá uma boa auto-estima.[6] Simone Engbrecht diz que a aquisição da auto-estima - amor próprio - valor fundamental para a identidade individual, requer uma construção em bases sólidas.[7] A auto-estima vai sendo formada desde o momento em que o ser humano nasce e é uma noção que o acompanha durante toda a sua vida. Nosso amor próprio depende de outros dois fatores: que o eu seja investido por outrem e que realize seu ideal.[8]


7.   Reconhecer a importância de sua liberdade de escolha:



Chafer considera que nenhuma vontade humana é livre em sentido absoluto, pois sobre os não regenerados, Satanás está operando neles, ou dando-lhes energia (Ef 2.2), enquanto que dos regenerados, Deus lhes dá energia para o querer realizar, segundo a sua boa vontade (Fp 2.13).[9]


Embora nenhum ser humano possa vir a Cristo, a menos que Deus se achegue a ele, Deus se achegou a nós na cruz (Jo 12.34). O mandamento de Deus é: “notifica aos homens que todos em toda parte se arrependam” (At 17.30).[10] Levar a criança a escolher confiar em Cristo é uma decisão certa. Quando se faz parte desta débil tentativa, Deus vem ao encontro. Então, o divino e o humano se encontram, havendo, como resultado, verdadeira outorga da alma aos cuidados de Cristo (Tg 4.8).


8.   Ensinem em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem:


Os pais cristãos precisam separar tempo para identificar e impedir o poder e a influência dos inimigos espirituais de seus filhos. Uma criança bem formada e respeitada em sua faixa etária provavelmente será um adulto com vida plena e próspera tanto material como espiritualmente.[11] Uma infância saudável e segura facilitará o adulto lidar melhor com suas experiências difíceis (Dt 6.7). Como exemplo de vida e conduta cristã os pais devem se importar mais com a salvação dos filhos do que com seu emprego, profissão, trabalho na igreja ou posição social (Sl 127.3).


3.   PERDÃO


A falta de perdão bloqueia as promessas de Deus (Mt 5.23,24; Mc 11.25). O perdão dentro do casamento é relativamente fácil, mas torna-se difícil, se o outro cônjuge se recusar a mudar. Mas Jesus foi muito claro sobre a necessidade de perdoar sempre (Mt 18.21,22). Nenhum casamento é perfeito, porque somos humanos e falhamos.





4.   TRABALHO


 As “Escrituras Sagradas” nos mostram não só a importância do lar, mas também as implicações que o casamento cria para o homem e os cuidados a serem tomados (1 Ts 3.10; 2 Ts 3.11; Ef 4.28). Quando a família vai bem, o trabalho se desenvolverá a contento, inclusive o trabalho eclesiástico.


5.   IGREJA


1.   Escola Bíblica Dominical. Procurar manter interesse na Palavra e adoração.


3.   O papel de retiros e acampamentos.


4.   Criar um ambiente feliz e positivo - não legalista.


 As Sagradas Escrituras falam do crescimento de Jesus: “e crescia Jesus em sabedoria (crescimento mental, intelectual), estatura (crescimento físico) e graça (crescimento espiritual), diante de Deus e dos homens (Social)” (Lc 2.52).





6.   LAZER


É indispensável para o entrosamento da família e o desenvolvimento sadio dos filhos com amizade fraterna.


IV.  COMPORTAMENTO CRISTÃO PERANTE O SEXO


O sexo é um dom que nem todos possuem, apesar de todos sermos sexuados (1 Co 7.7). O cristão deve viver uma vida equilibrada em relação ao sexo e repudiar a cobiça. A santidade atinge uma compreensão e prática bíblica nas nossas relações, inclusive na sexualidade.


É plano de Deus que o casal viva uma vida sexual abundante, gratificante e ajustada, mas dentro dos limites que a Palavra de Deus estabelece (Pv 5.18,19).


A Bíblia é o único manual do crente, até mesmo nos assuntos do sexo. Não haverá ajustamento conjugal, enquanto não houver um bom relacionamento afetivo-sexual. Marido e mulher são responsabilizados a terem prazer em seus corpos (prazer recíproco) (1 Co 7.3). ! Coríntios 7.5 diz: “Não vos defraudeis (priveis) um do outro, a não ser:


ü Por mútuo consentimento;


ü Por algum tempo;


ü Para vos aplicardes à oração;


ü   Para que Satanás não vos tente.


A Bíblia diz:. “Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus, e não se envergonhavam” (Gn 2.25). Uma compreensão errada das Escrituras trouxe a ideia de errado ou vergonhoso do sexo no casamento (Gn 2.18-25).


Para que se cumpra o propósito divino através do ato sexual, é indispensável que haja um compromisso total e uma entrega completa de um para o outro. Isto só é possível dentro do casamento. O fato de duas pessoas se amarem, não lhes dá o direito de manterem relações sexuais. A intimidade sexual contém certos riscos e pode acarretar consequências para as quais somente o casamento oferece garantias e segurança (Gn 2.24,25; 1 Co 7.2-5; 1 Ts 4.3-5; Hb 13.4).







[1]     DREHER, Matin N. Conversando sobre espiritualidade. São Leopoldo: Sinodal, 1992. p. 7
[2]     SHEDD apud BOMILCAR, Nelson (Org.). O melhor da espiritualidade brasileira. São Paulo: Mundo Cristão, 2005. p. 37.
[3]     GOLDSMITH, Joel S. A arte da cura espiritual. Petrópolis: Vozes, 1995. p. 12.
[4]     PACKER, J. I. Revelação e Inspiração. In: DOUGLAS, J. D.; SHEDD, Russell P. (Eds.). O novo dicionário da Bíblia. 2. ed. São Paulo: Vida Nova, 1995. p. 27.
[5]     ESCOLA PREPARATÓRIA DE OBREIROS SILOÉ (EPOS). Evangelismo. Joinville: Faculdade Teológica Refidim, 2007. Mod. I. p. 66.
[6]     CRUZ, Elaine. Amor e disciplina para criar filhos felizes. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. p. 25.
[7]     ENGBRECHT, Simone. Aprendendo a lidar com a depressão. 3. ed. São Leopoldo: Sinodal, 2007. p. 9.
[8]     ENGBRECHT, 2007, p. 9-10.
[9]     CHAFER, Lewis Sperry. Teologia sistemática. São Paulo: IBRB, 1986. p. 479.
[10]    LANGSTON, A. B. Esboço de teologia sistemática. 9. ed. Rio de Janeiro: Juerp, 1988. p. 204.
[11]    CHAMPLIN, Russel Norman. O Antigo Testamento interpretado: versículo por versículo. v. 1. São Paulo: Candeia. 2000. p. 2648.



Palestrante: Pr. Joel Montanha - 8426-6646 joelmontanha@hotmail.com

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