terça-feira, 15 de maio de 2012

CULTO DE EDIFICAÇÃO CRISTÃ Nº 18 15/05/2012










UMA INTRODUÇÃO ÀS DOUTRINAS BÁSICAS DA FÉ CRISTÃ



PNEUMATOLOGIA Nº 2 – BATISMO NO ESPÍRITO SANTO E DONS DO ESPÍRITO SANTO



INTRODUÇÃO

Quando passamos a estudar sobre o batismo no Espírito Santo, convém destacar que com isso estamos apreciando uma das principais doutrinas da Bíblia, a qual nos revela o segredo do pleno funcionamento da vida cristã, seja do crente em particular ou da Igreja. Este assunto foi o tema principal do ensino de Jesus aos seus discípulos, no fim do seu ministério. (Lc 24.49; At 1.4,5).


I - O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

A). Jesus falou sobre o derramamento do espírito santo

Jesus disse aos discípulos: "Rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre" (Jo 14.16) e ensinou-os sobre as abundantes bênçãos que então receberiam. Ele disse: "Quando ele vier" (Jo 14.20; 15.26; 16.7,13) e "Naquele dia..." (Jo 14.20; 16.23,26).

B) O derramamento do Espírito Santo predito pelos profetas:

Joel (J1 2.28), Isaías (Is 44.3), Ezequiel (Ez 39.29).

C) O derramamento do Espírito Santo, resultado da morte de Jesus

Ele disse: "...Se eu for, enviar-vo-lo-ei" (Jo 16.7) e disse que o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Ele não ter sido glorificado (Jo 7.38,39).

D). O derramamento do Espírito Santo deu início da Dispensação do Espírito (2 Co 3.6-8)

1. Jesus falou sobre a necessidade de se buscar esta bênção

Ele orientou os discípulos a não deixarem Jerusalém, antes que recebessem do alto o poder (Lc 24.49; At 1.4,5).

2. Jesus mostrou a grande importância desta bênção

* O batismo no Espírito Santo é mencionado no NT 7 vezes (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33; At 1.5,11,16; I Co 12.13). A palavra batismo tem o sentido de mergulho, imersão, coisa que realmente condiz com a maravilhosa experiência de ser imerso na plenitude do Espírito.


II. A EVIDÊNCIA DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

1. O Espírito Santo veio acompanhado de um sinal externo

A Bíblia diz: “E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2.4). Foi realmente um milagre. Embora essas línguas fossem desconhecidas por eles, os que os ouviam disseram: "pois os ouvimos cada um na nossa própria língua em que somos nascidos?" (At 2.8). Havia acontecido aquilo que Jesus falara: "...Falarão novas línguas" (Mc 16.17c).

O falar em línguas, é a evidência inicial do recebimento da promessa. (At 2.4; 8.17; 8.18; 9.17; 10.45,46; 19.6; I Co 14.18b.



III. A NECESSIDADE DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

* O batismo no Espírito Santo é para todos, porque os homens de hoje são iguais aos de então. As suas necessidades, fraquezas e problemas são iguais. Como o batismo no Espírito Santo os ajudou então, ainda hoje ajuda aos que o recebem.

* Precisamos desse poder hoje porque os Atos dos Apóstolos e toda a história da Igreja afirmam que onde quer que o Espírito Santo tenha sido derramado, aí se tem manifestado despertamento para salvação de muitas almas. É esta necessidade que predomina no nosso tempo. É por isto que a única solução para o crente hoje é ser cheio do Espírito Santo.


II - OS DONS ESPIRITUAIS

A). A DEFINIÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS

Os dons espirituais são meios pelos quais o Espírito revela o poder e a sabedoria de Deus, através de instrumentos humanos. I Co 12.7,11.

A palavra dom vem do grego "charisma" que significa um dom pela graça. Como o batismo no Espírito Santo é um dom (At 2.38), também os dons espirituais são dons. Não se trata aqui de mera capacidade ou de dotes naturais de alguém, os quais tenham sido melhorados ou aperfeiçoados pela operação do Espírito Santo; não se trata de merecimento humano, mas da manifestação de um milagre: é uma coisa dada.

B). A FINALIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS

Pelo ensino do Novo Testamento, vemos a grande importância que os dons espirituais representam no plano de Deus (I Co 12.1). O portador de um dom não o recebe para proveito próprio ou para usá-lo quando ou como achar melhor. Os dons são dados aos membros do corpo de Cristo, para que os usem conforme a direção de Jesus, que é a cabeça da Igreja (Ef 1.22; I Co 12.27). Quando os dons são usados desse modo, o poder do Espírito se manifesta na Igreja, capacitando-a a cumprir a sua alta missão na terra.

C). UMA SÍNTESE SOBRE OS DONS ESPIRITUAIS

Podemos subdividir os dons em três grupos distintos:

a) Três dons manifestam o Poder de Deus por meio de ações sobrenaturais. São: o dom da fé, os dons de curar, e o dom de operação de maravilhas (1 Co 12.9,10).

b) Três dons revelam a sabedoria de Deus, proporcionando um saber sobrenatural. São: o dom da palavra de sabedoria, o dom da palavra da ciência e o dom de discernir os espíritos (1 Co 12.8,10).

c) Três dons transmitem a mensagem de Deus, concedendo poder para um falar sobrenatural. Estes dons são: o dom de profecia, o dom de variedade de línguas e o dom de interpretação de línguas. (I Co 12.10)

1. O dom da palavra de sabedoria (1 Co 12.8)

Este dom proporciona, pela operação do Espírito Santo, uma visão, uma compreensão (Ef 3.4) da profundidade da sabedoria de Deus, ensinando a aplicá-la, seja no trabalho ou nas decisões no serviço do Senhor, e a expô-la a outrem, de modo a ser bem percebida:

2. O dom de palavras de ciência (1 Co 12.8)

Este dom consiste na penetração nas profundezas da ciência de Deus (Ef 3.3) pela qual podemos saber (Ef 1.17-19) e, assim, compreender e conhecer (Ef 3.18,19) aquilo que pelo entendimento humano jamais poderíamos alcançar (I Co 2.9,10).

3. O dom da fé

Este dom não se refere à fé salvadora (At 16.31) nem ao crescimento da fé (II Ts 1.3), mas consiste num impulso à fé implantada pela oração do Espírito Santo para executar aquilo que Deus determinou que fizéssemos. (Jo 11.41,42; Mc 9.23; Jo 14.12; Tg 5.17).

4. Os dons de curar

A cura do corpo doente pela fé é um fruto da morte de Cristo na cruz do Calvário (Is 53.4,5; I Pe 2.24,25; Mt 8.16,17; 9.35,36). Os dons de curar consistem numa operação do Espírito Santo, pela qual o poder de cura que Jesus ganhou é transmitido ao doente de modo abundante, imediato, para a cura completa. Vemos em Atos este dom em plena atividade no ministério de vários homens de Deus: Estevão (At 6.8); Pedro (At 4.6,7; 9.32-43); Filipe (At 8.7); Paulo (At 14.8-10; 28.8,9).

5. O dom de maravilhas

Este dom constitui uma operação do Espírito Santo pela qual é transmitido o Poder ilimitado de Deus Todo-poderoso (SI 115.3; 135.6). Jesus possuía este dom (Mt 8.26; Jo 11.43,44).

6. O dom de discernir os espíritos

Por meio deste dom o Espírito Santo revela que Jesus tem olhos como chama de fogo, Ele vê (Ap 1.14; Sl 139.1,12). O portador do dom recebe pelo Espírito Santo, como num laudo, o resultado duma análise vinda do laboratório de Deus, sobre a qualidade exata do espírito que inspira e opera em determinadas pessoas (Ap 2.2; At 8.18-24; Jd v. 12; Mt 7.15).

7. O dom de profecia

Profecia é uma mensagem de Deus dada ao portador do dom por inspiração do Espírito Santo. O profeta deve transmiti-la exatamente como a recebeu. Deus disse: "...Ele assim fará ouvir a minha palavra ao meu povo..." (Jr 23.22). A atitude daquele que profetiza deve ser: "...A palavra que Deus puser na minha boca, essa falarei" (Nm 22.38c).

8. O dom de variedade de línguas.

O dom de línguas é o poder de falar sobrenaturalmente em uma língua nunca aprendida por quem fala, sendo essa língua feita inteligível aos ouvintes por meio do dom igualmente sobrenatural de interpretação.
Parece haver duas classes de mensagens em línguas: primeira, louvor em êxtase dirigido a Deus somente (1Cor. 14:2); segunda, uma mensagem definida para a igreja (1Cor. 14:5).

9. O dom de interpretação de línguas.

* Interpretação de línguas. Assim escreve Donald Gee: “O propósito do dom de interpretação é tornar inteligíveis as expressões do êxtase inspiradas pelo Espírito que se pronunciaram em uma língua desconhecida da grande maioria presente, repetindo-se claramente na língua comum, do povo congregado.” É uma operação puramente espiritual.

* Os dois dons, usados juntos, transmitem uma mensagem que equivale à profecia (I Co 14.5) e constitui um sinal para os não-crentes (I Co 14.22).

d) A Bíblia ainda fala de alguns dons complementares sobre os quais se faz ferência em Romanos 12.6-8; I Pedro 4.11; I Coríntios 12.28.


D). OS DONS ESPIRITUAIS E O FRUTO DO ESPÍRITO ANDAM JUNTOS

Quando o apóstolo Paulo escreveu aos coríntios, observou que a irregularidade ali existente no uso dos dons era a falta do fruto do Espírito entre os crentes, por isso intercalou entre os capítulos 12 e 14, onde fala a respeito do uso correto dos dons, um capítulo inteiro - o 13 - que contém ensino substancial sobre o fruto do Espírito, que é a caridade (G1 5.22), o amor.


BIBLIOGRAFIA:
Bergstén, Eurico. Teologia sistemática. CPAD, 2010 – Rio de Janeiro

Champlin, Russell Norman. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. CANDEIA, 2000, São Paulo.

Pearlman, Myer, Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, VIDA.

  


Pb. Antonio Feliciano Gonçalves – 8405-5857

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